sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Quando eu estou mais fraco eu fico mais forte!
A frase acima é por vezes pensada quando estamos passando por dificuldades e deveria ser muito mais lembrada e soprada aos ventos quando estamos em abundante felicidade. Nem sempre é assim, lembramos de Deus quando estamos no fracasso e pedimos para que Ele nos torne fortes o bastante e nos faça levantar de onde estamos muitas vezes no chão. De sorte que Deus lembra dos seus em todos os momentos inclusive quando estamos fracos e no chão. Então é quando estou fraco que sou mais forte ainda. É quando não entendemos o porquê das coisas, que elas são iluminadas para nós. Acho que ser forte não é vencer todo dia, mas levantar quantas vezes for preciso nas derrotas e ser humilde nas vitórias.
Sei que é difícil pensar assim, sei é mais fácil se irritar diante das injustiças e dos problemas, contudo saboroso é o dia da vitória, saborosa é degustação da justiça, do reconhecimento e da paz consigo mesmo, ainda que demore, ainda que muitos não queiram. Reconhecer nossas falhas e tentar corrigir nossos erros é um bom exercício, para que quando sejamos tombados pela fraqueza, então tenhamos a certeza dentro de nós que somos mais do que às vezes enxergamos, tal qual em 2 coríntios,12 “porque quando estou fraco então sou forte”.
sábado, 6 de novembro de 2010
57 VAGÕES, 03 MÁQUINAS E 01 MENINO CONTANDO
Ontem a saudade me pegou e me trouxe muita coisa que “só eu” sei como era bom, contudo, algumas delas sei que já que foram vidas por muitos outros que saberão reconhecer o quão eram legais. Acordar cedo era sinônimo de mais tempo pra diversão, correr em busca do rio sem medo de ser feliz, pegando ceriguela no sítio de seu Pedro antes ir verificar quantos PRÉAS haviam caído no fojo que tava armado na beira da cerca. É amigo, tinha de acordar cedo, do contrário a raposa chegava primeiro e papava tudo. Bom, mas isso era apenas algumas das coisas que deixaram saudades. Bom mesmo era ver o trem passar, duas vezes por dia sem nenhum dia falhar, da porta da frente eu contando vagão por vagão, e a noite quando o trem passava tarde, eu já deitado não podia contar, mas sabia cada som que iria ser ouvido, era como se eu estivesse olhando o trem, mesmo se ele ainda viesse longe bem longe, mas eu podia antecipar o próximo barulho de toda aquela parafernália. O trem que passava em frente de minha casa era imponente e metia medo, mas ao mesmo tempo era fascinante e todo menino queria pelo menos ter coragem de pegar uma carona no monstro de ferro. Ao parar para manobras era a nossa chance e lá estávamos mexendo, subindo, botando moeda pra ser esmagada, entre outras traquinagens da época. E o trem ? ele ainda passa, não com a mesma freqüência de antes, mas também não há mais quem se ocupe em contar seus vagões, nem tampouco imaginar seus movimentos. Hoje as vezes lembro que cada um de nós temos nossos trens da vida, coisas que são rotinas e simplicidade para muitos, mas que para a gente é algo tão fascinante e extraordinário, de uma forma que quem inventou não tinha idéia do quanto. Assim são os trens, as ceriguelas, as macaúbas, os fojos, os preás e etc, etc, etc....!
MANOEL DE SOUSA LACERDA - NETO LACERDA
MANOEL DE SOUSA LACERDA - NETO LACERDA
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O TRISTONHO CARTEIRO ESCRITOR
Uma pessoa me disse que não se despreza o desconhecido, pois por não ser conhecido lhe deve ser dado o direito de ao menos existir, embora passe a morrer imediatamente após ser conhecido, ou até mesmo durante o curto momento vivido. Não vou ficar lamentando nem chorando o desperdício, apenas vou respeitar, pois conheço o sacrifício.
O pobre carteiro inocente achava que era só simplesmente, entregar uma cartinha pra o que nela tava escrito passar a ser vivente. Sentiu tristeza de ver sua entrega no chão, pois foi lá que ela caiu sem nenhuma compaixão. Triste e desamparado ele sabia por que, aquela carta não lida, jamais poderia viver. Mas, pra um carteiro antigo isso não deveria doer, a não ser que aquele escrito fosse obra do seu escrever. Eu fiquei observando sem querer me aproximar e vendo a carta no chão sem ninguém se interessar, talvez alguém passasse e pensasse em apanhar ou talvez viesse a chuva e tirasse ela de lá. Com esperança no peito ele voltou no lugar, onde deixou a cartinha querendo não encontrar, pois pra ele era melhor, muito mais bem confortante saber que Ela apanhou logo após aquele instante. Porém, pra sua tristeza a carta ainda estava lá, eu não sei por que motivo ele não pode entregar.
Eu só sei que tava triste, pois foi ele mesmo que escreveu, coisas que só ele sabe e ninguém mais conheceu. Ela podia ter lido e em seguida ter rasgado, a carta teria vivido mesmo por um curto prazo. Mas isso não sucedeu e aquilo que estava escrito, só por ser desconhecido, não passou a existir, ficando só na memória do carteiro escritor, que saiu triste dizendo “era em nome do amor, escrevi pensando nela e também em nosso amor, pobre escrito esse meu, ela nem se quer o conheceu, e porém já o matou".
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
O pobre carteiro inocente achava que era só simplesmente, entregar uma cartinha pra o que nela tava escrito passar a ser vivente. Sentiu tristeza de ver sua entrega no chão, pois foi lá que ela caiu sem nenhuma compaixão. Triste e desamparado ele sabia por que, aquela carta não lida, jamais poderia viver. Mas, pra um carteiro antigo isso não deveria doer, a não ser que aquele escrito fosse obra do seu escrever. Eu fiquei observando sem querer me aproximar e vendo a carta no chão sem ninguém se interessar, talvez alguém passasse e pensasse em apanhar ou talvez viesse a chuva e tirasse ela de lá. Com esperança no peito ele voltou no lugar, onde deixou a cartinha querendo não encontrar, pois pra ele era melhor, muito mais bem confortante saber que Ela apanhou logo após aquele instante. Porém, pra sua tristeza a carta ainda estava lá, eu não sei por que motivo ele não pode entregar.
Eu só sei que tava triste, pois foi ele mesmo que escreveu, coisas que só ele sabe e ninguém mais conheceu. Ela podia ter lido e em seguida ter rasgado, a carta teria vivido mesmo por um curto prazo. Mas isso não sucedeu e aquilo que estava escrito, só por ser desconhecido, não passou a existir, ficando só na memória do carteiro escritor, que saiu triste dizendo “era em nome do amor, escrevi pensando nela e também em nosso amor, pobre escrito esse meu, ela nem se quer o conheceu, e porém já o matou".
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
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