Ontem a saudade me pegou e me trouxe muita coisa que “só eu” sei como era bom, contudo, algumas delas sei que já que foram vidas por muitos outros que saberão reconhecer o quão eram legais. Acordar cedo era sinônimo de mais tempo pra diversão, correr em busca do rio sem medo de ser feliz, pegando ceriguela no sítio de seu Pedro antes ir verificar quantos PRÉAS haviam caído no fojo que tava armado na beira da cerca. É amigo, tinha de acordar cedo, do contrário a raposa chegava primeiro e papava tudo. Bom, mas isso era apenas algumas das coisas que deixaram saudades. Bom mesmo era ver o trem passar, duas vezes por dia sem nenhum dia falhar, da porta da frente eu contando vagão por vagão, e a noite quando o trem passava tarde, eu já deitado não podia contar, mas sabia cada som que iria ser ouvido, era como se eu estivesse olhando o trem, mesmo se ele ainda viesse longe bem longe, mas eu podia antecipar o próximo barulho de toda aquela parafernália. O trem que passava em frente de minha casa era imponente e metia medo, mas ao mesmo tempo era fascinante e todo menino queria pelo menos ter coragem de pegar uma carona no monstro de ferro. Ao parar para manobras era a nossa chance e lá estávamos mexendo, subindo, botando moeda pra ser esmagada, entre outras traquinagens da época. E o trem ? ele ainda passa, não com a mesma freqüência de antes, mas também não há mais quem se ocupe em contar seus vagões, nem tampouco imaginar seus movimentos. Hoje as vezes lembro que cada um de nós temos nossos trens da vida, coisas que são rotinas e simplicidade para muitos, mas que para a gente é algo tão fascinante e extraordinário, de uma forma que quem inventou não tinha idéia do quanto. Assim são os trens, as ceriguelas, as macaúbas, os fojos, os preás e etc, etc, etc....!
MANOEL DE SOUSA LACERDA - NETO LACERDA
sábado, 6 de novembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O TRISTONHO CARTEIRO ESCRITOR
Uma pessoa me disse que não se despreza o desconhecido, pois por não ser conhecido lhe deve ser dado o direito de ao menos existir, embora passe a morrer imediatamente após ser conhecido, ou até mesmo durante o curto momento vivido. Não vou ficar lamentando nem chorando o desperdício, apenas vou respeitar, pois conheço o sacrifício.
O pobre carteiro inocente achava que era só simplesmente, entregar uma cartinha pra o que nela tava escrito passar a ser vivente. Sentiu tristeza de ver sua entrega no chão, pois foi lá que ela caiu sem nenhuma compaixão. Triste e desamparado ele sabia por que, aquela carta não lida, jamais poderia viver. Mas, pra um carteiro antigo isso não deveria doer, a não ser que aquele escrito fosse obra do seu escrever. Eu fiquei observando sem querer me aproximar e vendo a carta no chão sem ninguém se interessar, talvez alguém passasse e pensasse em apanhar ou talvez viesse a chuva e tirasse ela de lá. Com esperança no peito ele voltou no lugar, onde deixou a cartinha querendo não encontrar, pois pra ele era melhor, muito mais bem confortante saber que Ela apanhou logo após aquele instante. Porém, pra sua tristeza a carta ainda estava lá, eu não sei por que motivo ele não pode entregar.
Eu só sei que tava triste, pois foi ele mesmo que escreveu, coisas que só ele sabe e ninguém mais conheceu. Ela podia ter lido e em seguida ter rasgado, a carta teria vivido mesmo por um curto prazo. Mas isso não sucedeu e aquilo que estava escrito, só por ser desconhecido, não passou a existir, ficando só na memória do carteiro escritor, que saiu triste dizendo “era em nome do amor, escrevi pensando nela e também em nosso amor, pobre escrito esse meu, ela nem se quer o conheceu, e porém já o matou".
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
O pobre carteiro inocente achava que era só simplesmente, entregar uma cartinha pra o que nela tava escrito passar a ser vivente. Sentiu tristeza de ver sua entrega no chão, pois foi lá que ela caiu sem nenhuma compaixão. Triste e desamparado ele sabia por que, aquela carta não lida, jamais poderia viver. Mas, pra um carteiro antigo isso não deveria doer, a não ser que aquele escrito fosse obra do seu escrever. Eu fiquei observando sem querer me aproximar e vendo a carta no chão sem ninguém se interessar, talvez alguém passasse e pensasse em apanhar ou talvez viesse a chuva e tirasse ela de lá. Com esperança no peito ele voltou no lugar, onde deixou a cartinha querendo não encontrar, pois pra ele era melhor, muito mais bem confortante saber que Ela apanhou logo após aquele instante. Porém, pra sua tristeza a carta ainda estava lá, eu não sei por que motivo ele não pode entregar.
Eu só sei que tava triste, pois foi ele mesmo que escreveu, coisas que só ele sabe e ninguém mais conheceu. Ela podia ter lido e em seguida ter rasgado, a carta teria vivido mesmo por um curto prazo. Mas isso não sucedeu e aquilo que estava escrito, só por ser desconhecido, não passou a existir, ficando só na memória do carteiro escritor, que saiu triste dizendo “era em nome do amor, escrevi pensando nela e também em nosso amor, pobre escrito esse meu, ela nem se quer o conheceu, e porém já o matou".
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
quarta-feira, 26 de maio de 2010
XXXVI CONFERÊNCIA DISTRITAL DE ROTARACT CLUB'S
Após 13 anos o Rotaract Club de Pombal realiza a Conferência do Distrito 4.500. De parabéns pelos 28 anos de fundação (08/05/1982), o Clube comemorou também o sucesso de uma Conferência Distrital regada à alegria e muito companheirismo. A CODIRC das Luzes como foi batizada desde que proposta em Tenente Ananias ano passado, aconteceu como esperado em Pombal-PB nos dias 21, 22 e 23 de maio de 2010. A maturidade dos sócios e colaboradores do RCT Pombal fez com que o evento acontecesse de maneira simples e organizada. Certos de que a tarefa foi cumprida e que todos contribuíram para o sucesso que tivemos na XXXVI CODIRC agradecemos aos que se deslocaram de suas cidades e estiveram conosco durante toda Conferência. Parabéns a todos, em especial ao RCT Pombal que me deu mais uma oportunidade de está com eles, quando pude me sentir mais uma vez como se nunca tivesse saído de seu quadro social. CODIRC das Luzes foi realmente iluminada...!
Netinho – RDR 2008/2009
Sócio Honorário do RCT Pombal
Netinho – RDR 2008/2009
Sócio Honorário do RCT Pombal
quarta-feira, 28 de abril de 2010
HUMOR
Obrigado de que?
Seu Pedro grosso que só papel de enrolar prego, porém digno e justo, estava saindo com sua família de sua residência em Aparecida-PB e indo para a cidade vizinha Sousa-PB, ligou seu carro, uma caminhonete D10 82 e não percebeu que seu compadre Antonio havia subido na carroceria. Parando em Sousa, seu compadre desceu e disse: obrigado compadre! Seu Pedro –Obrigado de que ? Antonio – é que eu subi na caminhonete pra pegar uma carona até Sousa com senhor! Muito irritado seu Pedro olhou pra o compadre e disse: SUBA DINOVO! Antonio sem entender disse: mas compadre!
Pedro então foi deixar o compadre de volta em Aparecida. Chegando lá seu Pedro disse: AGORA DESÇA ! quando quiser uma carona peça que eu levo, mas não suba no meu carro sem me pedir não ! Antonio entendeu logo o recado e disse: Compadre ! Pedro então disse: DIGA ! Antonio então falou: dê-me uma carona até Sousa ! Seu Pedro disse: SUBA! E seguiram todos para Sousa.
(Autor desconhecido)
Seu Pedro grosso que só papel de enrolar prego, porém digno e justo, estava saindo com sua família de sua residência em Aparecida-PB e indo para a cidade vizinha Sousa-PB, ligou seu carro, uma caminhonete D10 82 e não percebeu que seu compadre Antonio havia subido na carroceria. Parando em Sousa, seu compadre desceu e disse: obrigado compadre! Seu Pedro –Obrigado de que ? Antonio – é que eu subi na caminhonete pra pegar uma carona até Sousa com senhor! Muito irritado seu Pedro olhou pra o compadre e disse: SUBA DINOVO! Antonio sem entender disse: mas compadre!
Pedro então foi deixar o compadre de volta em Aparecida. Chegando lá seu Pedro disse: AGORA DESÇA ! quando quiser uma carona peça que eu levo, mas não suba no meu carro sem me pedir não ! Antonio entendeu logo o recado e disse: Compadre ! Pedro então disse: DIGA ! Antonio então falou: dê-me uma carona até Sousa ! Seu Pedro disse: SUBA! E seguiram todos para Sousa.
(Autor desconhecido)
REFLEXÃO
R$ 0,50 de macaúba
André um garoto de 13 anos, estressado de tanto fazer downloads, upgrade, twitar, tc, add e várias outras atividades tecnologicamente atuais em seu recanto cibernético, sai à rua e encontra seu Joca, um senhor de 70 anos muito esperto que viveu com vigor toda sua vida. Seu Joca inteligente, pergunta ao garoto – o que lhe perturba? – André fala de tudo que faz em seu quarto no computador em tom de desabafo e tristeza, alegando não está feliz.
Seu Joca então dar um sorriso e diz: “home vá dar uma volta, pegue dez reais, passe no mercado, compre 03 macaúbas, um pião e uma ponteira, corra para o campo da estação e brinque até cansar o braço, chupe duas macaúbas, dê uma a outro garoto, vá no rio tome um banho, pule da ingazeira, quebre coco da macaúba e volte pra casa”.
André distante daquilo tudo, achou que seu Joca era doido e entrou novamente em casa para teclar mais um pouco. Seu Joca deu outro sorriso e exclamou: “não esqueça de comer baije, tem muita na beira do rio” ! e seguiu pensando e lamentando não poder ir com o garoto e fazer tudo aquilo que havia proposto.
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
André um garoto de 13 anos, estressado de tanto fazer downloads, upgrade, twitar, tc, add e várias outras atividades tecnologicamente atuais em seu recanto cibernético, sai à rua e encontra seu Joca, um senhor de 70 anos muito esperto que viveu com vigor toda sua vida. Seu Joca inteligente, pergunta ao garoto – o que lhe perturba? – André fala de tudo que faz em seu quarto no computador em tom de desabafo e tristeza, alegando não está feliz.
Seu Joca então dar um sorriso e diz: “home vá dar uma volta, pegue dez reais, passe no mercado, compre 03 macaúbas, um pião e uma ponteira, corra para o campo da estação e brinque até cansar o braço, chupe duas macaúbas, dê uma a outro garoto, vá no rio tome um banho, pule da ingazeira, quebre coco da macaúba e volte pra casa”.
André distante daquilo tudo, achou que seu Joca era doido e entrou novamente em casa para teclar mais um pouco. Seu Joca deu outro sorriso e exclamou: “não esqueça de comer baije, tem muita na beira do rio” ! e seguiu pensando e lamentando não poder ir com o garoto e fazer tudo aquilo que havia proposto.
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Resumo de "A Revolução dos Bichos"
ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. 6° ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Em uma fazenda chamada Granja do Solar na Inglaterra, de propriedade do Sr. Jones, havia um bom número de animais que se reuniram num celeiro para ouvirem o porco Major contar sobre um sonho que tivera, bem como falar da infeliz situação que os animais viviam no trabalho forçado e sem direito algum, como verdadeiros escravos. Os animais eram: cavalos, porcos, ovelhas, galinhas, cachorros, vacas, ratos e vários outros, que ouviram o velho Major dizer que o problema dos animais da Inglaterra era o homem que os explorava sem respeito algum e que a solução era banir o homem das fazendas para que elas se tornassem salutar. Propunha assim uma revolução dos bichos como solução através de uma ideologia onde os animais nunca poderia se parecer com os homens em suas atitudes, uma vez que repudiavam tais atitudes empregadas pelos humanos. O velho Major então contou o sonho que tivera sobre a liberdade dos animais e da luta para essa liberdade simbolizada na canção Bichos da Inglaterra, uma canção que falava de liberdade e respeito para os animais e que logo todos as animais aprenderam e fizeram dela o hino de sua luta. Depois que o porco Major morreu os animais sempre se reunião secretamente para aprimorar sua ideologia sob a liderança intelectual dos porcos, todos seguiam as orientações de Bola-de-Neve e Napoleão, porcos estes que passaram a difundir a implantação do animalismo como objetivo fundamental para eles. Estes mesmos porcos perceberam que eram mais aptos ao conhecimento do que os demais animais e utilizaram isso como justificativa para liderar com maior imposição os mesmos. Surgiram muitos questionamentos por parte dos animais que foram rebatidos por Bola-de-Neve. O declínio financeiro do Sr. Jones, seu vício alcoólico contribuíram para o descuido com os animais que ficaram sem alimentação e iniciaram a revolução. De repente O Sr. Jones e seus homens haviam perdido o controle da fazenda e foram espancados e expulsos dela pelos animais junto com sua esposa que fugira para longe também. Os animais perceberam que haviam iniciado a conquista da liberdade como sonhara o velho Major e demonstraram em demasiada alegria ao saltarem e correrem pelos campos da fazenda. A granja passou a ser chamada de Granja dos Bichos e no celeiro foram escritos os sete mandamentos que sintetizavam o animalismo para que todos pudessem ver e segui-los: 1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; 3. Nenhum animal usará roupas; 4. Nenhum animal dormirá em cama; 5. Nenhum animal beberá álcool; 6. Nenhum animal matará outro animal; 7. Todos os animais são iguais. Depois criaram uma máxima para sintetizar os mandamentos que dizia “quatro pernas bom, duas pernas ruim”. Os animais começam então o trabalho com o intuito de fazê-lo melhor que o Sr. Jones, e a cada dia iam conseguindo isso. Trabalhavam conforme suas capacidades e tinham folga nos domingos, dia em que se reuniam para planejar o trabalho da semana de forma organizada e sob a liderança dos porcos Bola-de-Neve e Napoleão que apesar de estarem a frente na liderança sempre divergiam nas opiniões. Logo a fazenda tinha boas colheitas e educação para os demais animais, de forma harmoniosa estava sendo um sucesso e logo a notícia se espalhara por outras fazendas criando preocupação em seus donos. O Sr. Jones e mais outros homens resolveram tomar a granja de volta e atacaram os animais, que de forma astuciosa e em meios às dificuldades conseguiram a vitória e mais uma vez expulsaram Jones e seus homens da Granja dos Bichos na batalha batizada de Batalha do Estábulo. Começaram a surgir dificuldades na granja e Bola-de-Neve projetava a construção de um moinho de vento para gerar energia e facilitar a vida de todos. Enquanto isso Napoleão já planeja derrubar Bola-de-Neve e demonstrava a todo tempo ser contrário ao moinho, e assim as divergências cresciam na fazenda até que um dia cães criados por Napoleão atacaram Bola-de-Neve e o fizeram fugir, assumindo assim a liderança da granja sob o pretexto de que Bola-de-Neve era um traidor e sob a alegação de que pior seria a volta de Jones. Assim os animais aceitaram seus argumentos embora tenham ocorrido diversos questionamentos. A partir daí as coisas começaram a se modificar, os animais tiveram que trabalhar mais ainda, as reuniões de domingo foram abolidas, e Napoleão com seus cães ferozes passou a modificar as regras antes estabelecidas para seu benefício próprio. Retomou a construção do moinho alegando que a idéia era sua e havia sido roubada por Bola-de-Neve, passou a morar na casa da fazenda e a se comportar como ditador. Sempre que surgia um questionamento Napoleão os ameaçava com os cães e com o terror de que a volta de Sr. Jones seria pior. Além disso, tudo de ruim que acontecia como a queda do moinho em construção e várias outras coisas eram relacionadas ao Bola-de-Neve. Tudo parecia pior do que no tempo do Sr. Jones, Napoleão coagiu os animais a confessarem alianças com Bola-de-Neve e estes foram cruelmente assassinados pelos cães. Todos se viram em meio ao caos de uma ditadura, mas não tiveram coragem para reagir, além do mais sempre que se lembravam de uma quebra de regra por parte de Napoleão, eram barrados pelas modificações que provavelmente o mesmo Napoleão teria feito, assim onde estava escrito: “nenhum animal dormirá em cama” lia-se agora: nenhum animal dormirá em cama com lençóis, ou mesmo: “nenhum animal matará outro animal” lia-se agora: nenhum animal matará outro animal, sem motivo. Logo Napoleão estava negociando com humanos e agindo como tal. Proibiu que fosse cantada a música bichos da Inglaterra e instituiu outra canção obrigando a todos a cantarem. O trabalho seguia em frente e as negociações de Napoleão com humanos traziam o medo de um novo dono aparecer na granja como nos tempos de Jones, e para rebater boatos desse tipo sempre surgia o porco Garganta que desde o inicio da revolução tinha um poder de persuadir os animais convencendo-os a aceitar de bom grado as idéias e decisões dos porcos, principalmente de Napoleão. Os animais concluíram o moinho e só faltava a compra das máquinas para o funcionamento, mas foram atacados por Frederick que primeiro os enganou com dinheiro falso em negócio feito com Napoleão e depois invadiu a granja com seus homens que encurralaram os animais e destruíram o moinho com explosivos. Fato que gerou uma revolta nos animais os fazendo partir para o contra-ataque e mais uma vez expulsaram os humanos da Granja dos Bichos. Foi uma batalha difícil com muitas baixas por parte dos bichos, mas conseguiram a vitória. Sansão o cavalo que nunca desistiu da luta não entendeu aquilo como vitória, mas Garganta fez seu papel e convenceu a todos que tinha sido uma vitória e tanto, e que deviam isso ao talento de Napoleão seu líder, este aproveitou o ensejo para instituir a si próprio, mais elogios, condecorações e direitos. Tiveram que trabalhar muito mais para reconstruir o moinho e cada vez mais diminua a comida e aumentava o trabalho, com exceção dos porcos e cachorros privilegiados. Sansão já velho e cansado não resistiu e fraquejou, sendo entregue para o abatedouro por Napoleão que garantiu através de Garganta que o mesmo teria sido tratado com dignidade e que na verdade estava em um tratamento para sua melhora, embora tivesse morrido. Instalou então a República dos Bichos, os anos se passaram e trabalharam mais e mais, a ponto que reconstruíram o sonhado moinho de vento que era utilizado para triturar grãos, muitos dos animais nem lembravam as antigas regras dos mandamentos, Napoleão continuou criando regras modificando os mandamentos, até que o único que restasse fosse: Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros. Os porcos passaram a andar apenas nas patas traseiras e as ovelhas agora gritavam: quatro pernas bom, duas pernas melhor! e enquanto isso se via porcos convivendo com visitantes humanos aumentando o medo dos animais, que agora era de porcos e homens. Os animais se aproximaram da casa e viram e ouviram as palavras de um homem que exaltava a liderança dos porcos, fazendo com que o animais da granja dos bichos trabalhassem mais do que em qualquer outra fazenda e por uma quantidade menor de ração. Napoleão tomou também a palavra e entre outras coisas proclamou que havia abolido o nome de Granja dos Bichos e a partir de agora seria novamente Granja do Solar. Os bichos estavam estarrecidos sem entenderem o que estava de fato acontecendo, e quando saíam perceberam algo diferente e voltaram a observar todos da casa pela janela. La dentro viram uma grande discussão, recheada de ódio por parte dos porcos e dos homens, que aparentemente haviam se desentendido em seu jogo de cartas, entrando assim em conflito físico e moral, não sendo possível aos que observavam identificar quem era porco ou quem era homem nas suas atitudes.
Palavras Chave: Revolução, animalismo, trabalho.
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
Em uma fazenda chamada Granja do Solar na Inglaterra, de propriedade do Sr. Jones, havia um bom número de animais que se reuniram num celeiro para ouvirem o porco Major contar sobre um sonho que tivera, bem como falar da infeliz situação que os animais viviam no trabalho forçado e sem direito algum, como verdadeiros escravos. Os animais eram: cavalos, porcos, ovelhas, galinhas, cachorros, vacas, ratos e vários outros, que ouviram o velho Major dizer que o problema dos animais da Inglaterra era o homem que os explorava sem respeito algum e que a solução era banir o homem das fazendas para que elas se tornassem salutar. Propunha assim uma revolução dos bichos como solução através de uma ideologia onde os animais nunca poderia se parecer com os homens em suas atitudes, uma vez que repudiavam tais atitudes empregadas pelos humanos. O velho Major então contou o sonho que tivera sobre a liberdade dos animais e da luta para essa liberdade simbolizada na canção Bichos da Inglaterra, uma canção que falava de liberdade e respeito para os animais e que logo todos as animais aprenderam e fizeram dela o hino de sua luta. Depois que o porco Major morreu os animais sempre se reunião secretamente para aprimorar sua ideologia sob a liderança intelectual dos porcos, todos seguiam as orientações de Bola-de-Neve e Napoleão, porcos estes que passaram a difundir a implantação do animalismo como objetivo fundamental para eles. Estes mesmos porcos perceberam que eram mais aptos ao conhecimento do que os demais animais e utilizaram isso como justificativa para liderar com maior imposição os mesmos. Surgiram muitos questionamentos por parte dos animais que foram rebatidos por Bola-de-Neve. O declínio financeiro do Sr. Jones, seu vício alcoólico contribuíram para o descuido com os animais que ficaram sem alimentação e iniciaram a revolução. De repente O Sr. Jones e seus homens haviam perdido o controle da fazenda e foram espancados e expulsos dela pelos animais junto com sua esposa que fugira para longe também. Os animais perceberam que haviam iniciado a conquista da liberdade como sonhara o velho Major e demonstraram em demasiada alegria ao saltarem e correrem pelos campos da fazenda. A granja passou a ser chamada de Granja dos Bichos e no celeiro foram escritos os sete mandamentos que sintetizavam o animalismo para que todos pudessem ver e segui-los: 1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; 3. Nenhum animal usará roupas; 4. Nenhum animal dormirá em cama; 5. Nenhum animal beberá álcool; 6. Nenhum animal matará outro animal; 7. Todos os animais são iguais. Depois criaram uma máxima para sintetizar os mandamentos que dizia “quatro pernas bom, duas pernas ruim”. Os animais começam então o trabalho com o intuito de fazê-lo melhor que o Sr. Jones, e a cada dia iam conseguindo isso. Trabalhavam conforme suas capacidades e tinham folga nos domingos, dia em que se reuniam para planejar o trabalho da semana de forma organizada e sob a liderança dos porcos Bola-de-Neve e Napoleão que apesar de estarem a frente na liderança sempre divergiam nas opiniões. Logo a fazenda tinha boas colheitas e educação para os demais animais, de forma harmoniosa estava sendo um sucesso e logo a notícia se espalhara por outras fazendas criando preocupação em seus donos. O Sr. Jones e mais outros homens resolveram tomar a granja de volta e atacaram os animais, que de forma astuciosa e em meios às dificuldades conseguiram a vitória e mais uma vez expulsaram Jones e seus homens da Granja dos Bichos na batalha batizada de Batalha do Estábulo. Começaram a surgir dificuldades na granja e Bola-de-Neve projetava a construção de um moinho de vento para gerar energia e facilitar a vida de todos. Enquanto isso Napoleão já planeja derrubar Bola-de-Neve e demonstrava a todo tempo ser contrário ao moinho, e assim as divergências cresciam na fazenda até que um dia cães criados por Napoleão atacaram Bola-de-Neve e o fizeram fugir, assumindo assim a liderança da granja sob o pretexto de que Bola-de-Neve era um traidor e sob a alegação de que pior seria a volta de Jones. Assim os animais aceitaram seus argumentos embora tenham ocorrido diversos questionamentos. A partir daí as coisas começaram a se modificar, os animais tiveram que trabalhar mais ainda, as reuniões de domingo foram abolidas, e Napoleão com seus cães ferozes passou a modificar as regras antes estabelecidas para seu benefício próprio. Retomou a construção do moinho alegando que a idéia era sua e havia sido roubada por Bola-de-Neve, passou a morar na casa da fazenda e a se comportar como ditador. Sempre que surgia um questionamento Napoleão os ameaçava com os cães e com o terror de que a volta de Sr. Jones seria pior. Além disso, tudo de ruim que acontecia como a queda do moinho em construção e várias outras coisas eram relacionadas ao Bola-de-Neve. Tudo parecia pior do que no tempo do Sr. Jones, Napoleão coagiu os animais a confessarem alianças com Bola-de-Neve e estes foram cruelmente assassinados pelos cães. Todos se viram em meio ao caos de uma ditadura, mas não tiveram coragem para reagir, além do mais sempre que se lembravam de uma quebra de regra por parte de Napoleão, eram barrados pelas modificações que provavelmente o mesmo Napoleão teria feito, assim onde estava escrito: “nenhum animal dormirá em cama” lia-se agora: nenhum animal dormirá em cama com lençóis, ou mesmo: “nenhum animal matará outro animal” lia-se agora: nenhum animal matará outro animal, sem motivo. Logo Napoleão estava negociando com humanos e agindo como tal. Proibiu que fosse cantada a música bichos da Inglaterra e instituiu outra canção obrigando a todos a cantarem. O trabalho seguia em frente e as negociações de Napoleão com humanos traziam o medo de um novo dono aparecer na granja como nos tempos de Jones, e para rebater boatos desse tipo sempre surgia o porco Garganta que desde o inicio da revolução tinha um poder de persuadir os animais convencendo-os a aceitar de bom grado as idéias e decisões dos porcos, principalmente de Napoleão. Os animais concluíram o moinho e só faltava a compra das máquinas para o funcionamento, mas foram atacados por Frederick que primeiro os enganou com dinheiro falso em negócio feito com Napoleão e depois invadiu a granja com seus homens que encurralaram os animais e destruíram o moinho com explosivos. Fato que gerou uma revolta nos animais os fazendo partir para o contra-ataque e mais uma vez expulsaram os humanos da Granja dos Bichos. Foi uma batalha difícil com muitas baixas por parte dos bichos, mas conseguiram a vitória. Sansão o cavalo que nunca desistiu da luta não entendeu aquilo como vitória, mas Garganta fez seu papel e convenceu a todos que tinha sido uma vitória e tanto, e que deviam isso ao talento de Napoleão seu líder, este aproveitou o ensejo para instituir a si próprio, mais elogios, condecorações e direitos. Tiveram que trabalhar muito mais para reconstruir o moinho e cada vez mais diminua a comida e aumentava o trabalho, com exceção dos porcos e cachorros privilegiados. Sansão já velho e cansado não resistiu e fraquejou, sendo entregue para o abatedouro por Napoleão que garantiu através de Garganta que o mesmo teria sido tratado com dignidade e que na verdade estava em um tratamento para sua melhora, embora tivesse morrido. Instalou então a República dos Bichos, os anos se passaram e trabalharam mais e mais, a ponto que reconstruíram o sonhado moinho de vento que era utilizado para triturar grãos, muitos dos animais nem lembravam as antigas regras dos mandamentos, Napoleão continuou criando regras modificando os mandamentos, até que o único que restasse fosse: Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros. Os porcos passaram a andar apenas nas patas traseiras e as ovelhas agora gritavam: quatro pernas bom, duas pernas melhor! e enquanto isso se via porcos convivendo com visitantes humanos aumentando o medo dos animais, que agora era de porcos e homens. Os animais se aproximaram da casa e viram e ouviram as palavras de um homem que exaltava a liderança dos porcos, fazendo com que o animais da granja dos bichos trabalhassem mais do que em qualquer outra fazenda e por uma quantidade menor de ração. Napoleão tomou também a palavra e entre outras coisas proclamou que havia abolido o nome de Granja dos Bichos e a partir de agora seria novamente Granja do Solar. Os bichos estavam estarrecidos sem entenderem o que estava de fato acontecendo, e quando saíam perceberam algo diferente e voltaram a observar todos da casa pela janela. La dentro viram uma grande discussão, recheada de ódio por parte dos porcos e dos homens, que aparentemente haviam se desentendido em seu jogo de cartas, entrando assim em conflito físico e moral, não sendo possível aos que observavam identificar quem era porco ou quem era homem nas suas atitudes.
Palavras Chave: Revolução, animalismo, trabalho.
Manoel de Sousa Lacerda - Neto Lacerda
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